segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Missa de 7º Dia do pequeno João Roberto


Missa de sétimo dia de João Roberto
 exibido na Rede Globo no programa RJ TV em 12/07/2008.

Protestos marcam missa de sétimo dia do menino João Roberto


RIO - Protestos pela paz marcaram na manhã deste sábado (12/07/2008) o início da missa de sétimo dia do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, morto no último domingo (06/07/2008) na Tijuca por policiais militares. 

Por volta das 9h da manhã, familiares e amigos começaram a chegar na Catedral Metropolitana de São Sebastião, na Avenida Chile, no Centro, vestindo camisas brancas estampadas com a foto do menino. Com faixas pretas em sinal de luto, cerca de 20 taxistas, colegas de trabalho do pai de João, chegaram em carreata ao local.

À pedido dos pais de João, a missa, celebrada por cerca de duas horas pelo padre Haroldo, foi realizada em local reservado. Ao final da cerimônia, a avó materna do menino desmaiou e precisou ser levada para a sacristia. Os pais de João Roberto, o taxista Paulo Roberto Amaral e a advogada Alessandra Soares, também precisaram ser amparados devido à forte comoção.


Cerca de 300 pessoas, entre familiares, amigos e famílias de outras vítimas da violência na cidade compareceram à homenagem. Os pais do jovem morto por um PM na saída da Boate Baronetti, em Ipanema, chegaram no final da missa, assim com as mães dos três rapazes da Morro da Providência que foram entregues a traficantes da Mineira por militares Exército.

O menino João Roberto voltava da casa de parentes, na Ilha do Governador, com a mãe e o irmão de 9 meses, Vinícius, quando o carro em que estava foi atingido por 17 tiros, disparados, segundo as investigações, por dois policiais militares. Os PMs perseguiam assaltantes e confundiram o veículo da família com o dos criminoso.


Um pedido de paz estampado no peito com a foto do pequeno João Roberto, morto no último dia 6 por policiais militares na Tijuca, na Zona Norte do Rio, marcou a missa de sétimo dia do menino, na Catedral Metropolitana da cidade. 

Emocionados, os pais de João pediram que a cerimônia fosse realizada num altar mais reservado do templo e que a imprensa não fizesse imagens do local. Além de amigos e parentes da criança, famílias de outras vítimas da violência compareceram à homenagem.

A missa está sendo realizada na Capela do Santíssimo, que fica dentro da Catedral, e está lotada. A capacidade é para 300 pessoas.

"Nas favelas, nas ruas, entre aqueles que usam fardas também têm pessoas de bem e não são essas pessoas que têm que mudar, mas essa estrutura que está montada aí. Quantos Joãos, Marias e Gabrielas e tantas outras que sequer soubemos também se foram das formas mais diversas, pelas atrocidades das mais perversas? ", disse o padre durante a missa. 

Fonte: G1

Uma carreata com cerca de 20 taxistas amigos do pai de João Roberto também foi prestar a última homenagem ao menino e protestar contra a violência na cidade.








Fotos Guilherme Pinto / O Globo

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